No próximo dia 25 de abril, o mundo observa o Dia Internacional contra a Alienação Parental, uma prática que tem impactos devastadores no de...
No próximo dia 25 de abril, o mundo observa o Dia Internacional contra a Alienação Parental, uma prática que tem impactos devastadores no desenvolvimento emocional das crianças e adolescentes. No Brasil, desde agosto de 2010, a Lei nº 12.318/2010 representa um marco na luta contra essa forma de abuso psicológico, que ocorre quando um dos pais, avós ou qualquer adulto com autoridade sobre a criança interfere para enfraquecer ou impedir os vínculos com o outro genitor.
A alienação parental compromete não apenas o direito fundamental à convivência familiar, mas também a identidade e o bem-estar psicológico dos jovens. Sob a influência dessa prática prejudicial, uma criança cresce acreditando que um de seus genitores é um agressor, privando-a do direito básico de conhecer, amar e criar laços com ambos os pais.
A Dra. Andreia Soares Calçada, psicóloga clínica e jurídica, ressalta que a alienação parental muitas vezes surge em contextos de separações conflituosas, onde os filhos são utilizados como instrumentos de disputa de poder entre os pais. Uma das formas mais graves dessa prática é a falsa acusação de abuso sexual, que, segundo pesquisas, ocorre em cerca de 30-40% dos litígios familiares.
Acusações infundadas de maus-tratos físicos, negligência e abuso emocional também são comuns, muitas vezes alimentadas por interesses financeiros, emocionais ou até mesmo por vingança. Pais que usam seus filhos como barganha ou como forma de alienar o outro genitor estão negligenciando gravemente o bem-estar e a saúde mental das crianças envolvidas.
É fundamental que os pais reconheçam sua responsabilidade sobre a saúde mental de seus filhos e ajam com maturidade e responsabilidade, especialmente durante períodos de conflito. A legislação contra a alienação parental visa proteger os direitos das crianças e adolescentes à convivência familiar equilibrada e saudável, garantindo que eles cresçam em um ambiente de amor e apoio emocional de ambos os genitores.
Diante do sofrimento causado por separações conflituosas e disputas judiciais, é essencial que os pais priorizem o bem-estar dos filhos acima de seus próprios interesses. A conscientização sobre os danos da alienação parental e o cumprimento das leis que a combatem são passos essenciais para garantir um futuro emocionalmente saudável para as próximas gerações.
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