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Ceará pode ampliar exportações de camarão para China e Europa

Foto/ Imagem: Ministério da Pesca e Aquicultura O Ceará está prestes a consolidar sua posição de liderança na produção nacional de camarão c...

Foto/ Imagem: Ministério da Pesca e Aquicultura


O Ceará está prestes a consolidar sua posição de liderança na produção nacional de camarão com novas oportunidades de exportação para mercados internacionais, como China e Europa. O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, destacou que o camarão brasileiro deve avançar nas tratativas comerciais com a China, reforçando a abertura anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o mercado sino-brasileiro.

Além disso, o ministério tem buscado retomar a comercialização do camarão brasileiro na Europa. Segundo o ministro, ainda neste semestre, é possível obter a licença junto ao governo do Reino Unido, um passo estratégico que permitiria ao Brasil exportar para outros mercados internacionais, já que a certificação europeia é considerada a mais rigorosa em termos de sanidade.

“Se você exporta para um mercado europeu, está habilitado para o mundo inteiro. Estamos otimistas e celebrando resultados positivos”, declarou André de Paula em entrevista à Trends, durante o PEC Nordeste, realizado em junho no Centro de Eventos do Ceará.

O estado cearense lidera a produção nacional de camarão de cultivo, com 57,03% do total produzido no país em 2024, conforme dados do IBGE. O Nordeste concentra os cinco principais polos da carcinicultura, sendo o Ceará o principal destino do setor, impulsionado pelo clima e pela água salobra, ideais para a criação de camarões.

A carcinicultura gera emprego e renda, principalmente em cidades do interior com poucas alternativas econômicas. Mais de 2.000 unidades produtivas, entre micro e pequenos produtores, operavam no estado em 2021, e a tendência é de crescimento.

O ministro também destacou a importância de ações conjuntas de vários ministérios para abrir o mercado europeu, reforçando o potencial do Ceará como referência nacional.

Recentemente, o Ministério da Pesca e Aquicultura suspendeu a importação de camarão do Equador devido a fragilidades sanitárias, o que pode favorecer a produção nacional, especialmente a cearense.

O atual secretário estadual, Oriel Filho, contribuiu para a simplificação do licenciamento ambiental de micros e pequenos produtores, incentivando a expansão da atividade. Além disso, iniciativas de cadastramento e monitoramento de empreendimentos com Selo de Inspeção Estadual têm facilitado a rastreabilidade do produto e o acesso a indústrias processadoras.

Em São João do Jaguaribe, está sendo construída uma fábrica de beneficiamento de camarão, com investimento de cerca de R$ 15 milhões do Governo Federal, considerada essencial para o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva da carcinicultura.

De acordo com Felipe Matias, cientista-chefe da Funcap, 70% dos produtores cearenses são pequenos e familiares, com baixa mecanização, cultivando em áreas de até cinco hectares. Médios produtores representam 14% e grandes empreendedores, 16%, operando áreas superiores a 50 hectares.

Em termos de tecnologia, 67% dos produtores ainda utilizam sistemas extensivos ou semi-intensivos, enquanto apenas 21% adotam sistemas intensivos com aeração e controle de qualidade da água.

O especialista destaca que o uso de tecnologias avançadas, como bioflocos, automação de alimentação e recirculação de água (RAS), ainda é limitado devido ao alto custo, mas práticas sustentáveis como melhoramento genético, controle sanitário e vacinação têm aumentado continuamente.

O desenvolvimento da carcinicultura cearense evidencia um setor estratégico para a economia regional, com potencial de se consolidar no mercado internacional e gerar benefícios significativos para o interior do estado.

O Ceará se mantém como referência nacional em produção de camarão, unindo tradição, inovação e sustentabilidade, com perspectivas de expansão e abertura de novos mercados.


Com informação de www.trendsce.com.br


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