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Volume das principais barragens do Rio Grande do Norte atinge níveis mais altos em mais de uma década

No Rio Grande do Norte, os reservatórios hídricos estão registrando um aumento significativo em seus volumes de água, alcançando níveis que ...


No Rio Grande do Norte, os reservatórios hídricos estão registrando um aumento significativo em seus volumes de água, alcançando níveis que não eram vistos há mais de uma década. Segundo dados do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), divulgados nesta quarta-feira (3), tanto a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, localizada em Itajá, quanto a barragem Santa Cruz do Apodi, em Apodi, apresentaram os maiores volumes de água represada desde o ano de 2012.

Na manhã de hoje, a barragem de Santa Cruz do Apodi atingiu impressionantes 70,01% de sua capacidade total, representando um volume de 419.903.500 m³, de um total de 599.712.000 m³. Já o reservatório Armando Ribeiro Gonçalves alcançou 66,67% de sua capacidade, com um volume atual de 1.581.894.698 m³ dos 2.373.066.000 m³ totais.

Além desses grandes reservatórios, outros também estão se aproximando de suas capacidades máximas. O açude Marechal Dutra, conhecido como Gargalheiras, está com incríveis 97,33% de sua capacidade, faltando apenas 12 centímetros para a sangria. Em Caraúbas, a reserva de Santo Antônio de Caraúbas já atingiu 95,98% de seu volume total.

Essa situação não se restringe apenas a esses reservatórios. O açude de Cruzeta, por exemplo, registrou seu maior volume desde 2011, alcançando 70,81% de sua capacidade, com um total de 16.674.435 m³ de água. Além disso, o RN conta com 10 reservatórios que já atingiram sua capacidade máxima.

O aumento nos volumes das barragens pode ser atribuído às chuvas acima da média que ocorreram no primeiro trimestre de 2024. Com um acumulado de 454,3mm, o estado registrou um índice 45,2% superior à média esperada para o período, que era de 313mm. As regiões do Agreste Potiguar e Central Potiguar foram as mais beneficiadas, com volumes de chuva superiores às expectativas.

Os meteorologistas apontam que esse cenário favorável foi impulsionado pelo enfraquecimento do fenômeno El Niño, permitindo a atuação da Zona de Convergência Intertropical, principal sistema responsável pelas chuvas no Nordeste. Além disso, o aumento das temperaturas nas águas superficiais do oceano Atlântico contribuiu para a ocorrência das chuvas.

Para os próximos meses, a previsão é de chuvas dentro dos valores normais, com acumulado mínimo esperado de 370,2mm para o trimestre de abril, maio e junho. Com a tendência de neutralidade nas condições do oceano Pacífico e águas mais aquecidas no oceano Atlântico, as chuvas devem se manter em níveis satisfatórios nas diversas regiões do estado.

O atual cenário das barragens do RN reflete não apenas uma recuperação, mas um momento de abundância hídrica, proporcionando alívio para a população e atividades econômicas que dependem desses recursos naturais.

 

 

* Informação da Redação TN e imagem de Júnior Santos/ Arquivo TN
 

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