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Ameaças nucleares de Kim Jong-un elevam risco de conflito em meio a tensões na Península Coreana

Em um discurso recente após uma reunião de cinco dias do comitê central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, o líder norte-coreano Kim Jo...


Em um discurso recente após uma reunião de cinco dias do comitê central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, o líder norte-coreano Kim Jong-un reacendeu as preocupações internacionais ao ameaçar a Coreia do Sul com um ataque nuclear iminente. A agência estatal KCNA relatou que Kim ordenou a aceleração dos preparativos militares, indicando a possibilidade de uma guerra iminente.

Durante a reunião, o partido governante anunciou planos ambiciosos, incluindo o lançamento de três novos satélites espiões até 2024, a fabricação de drones e o desenvolvimento das capacidades de guerra eletrônica. Essas medidas são interpretadas como parte de uma estratégia militar mais ampla, visando fortalecer as capacidades de vigilância e defesa do país.

A retórica belicosa de Kim Jong-un não se limitou à Coreia do Sul, pois ele também criticou os Estados Unidos, acusando-os de apresentarem "vários tipos de ameaça militar". Kim ordenou que seu Exército monitore de perto a situação na península e esteja preparado para responder com uma "atitude arrasadora" a qualquer provocação.

As relações já tensas entre as Coreias do Norte e do Sul, Estados Unidos e Japão se intensificaram neste ano, com um aumento significativo nas ameaças nucleares e nos testes armamentistas por parte do governo norte-coreano. A cooperação em matéria de defesa entre Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos atingiu novos patamares, com a ativação de um sistema para compartilhar dados em tempo real dos lançamentos de mísseis norte-coreanos.

A Coreia do Norte justificou suas ações como respostas às supostas provocações dos Estados Unidos, descrevendo o envio de armas estratégicas, como os bombardeiros B-52, como "ações intencionalmente provocadoras para uma guerra nuclear".

Especialistas acreditam que a ênfase nas capacidades nucleares da Coreia do Norte busca desviar a atenção dos escassos êxitos econômicos do país. Leif Easley, professor de Relações Internacionais na Ewha University de Seul, destaca que a retórica belicosa também serve aos interesses políticos internos e à coerção internacional por parte do governo norte-coreano.

Diante da persistente e incontrolável situação de crise na península, Kim Jong-un anunciou a manutenção da política de não buscar reconciliação nem reunificação com a Coreia do Sul. O líder norte-coreano também ordenou a reorganização dos departamentos responsáveis pelos assuntos fronteiriços, buscando uma mudança radical de rumo diante do cenário tenso.

Enquanto a comunidade internacional permanece em alerta, o Conselho de Segurança das Nações Unidas reitera suas resoluções instando a Coreia do Norte a deter seus programas balísticos e nucleares. O mundo observa com apreensão a evolução dos acontecimentos na Península Coreana, temendo as consequências de uma potencial escalada militar.

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