Artista capixaba transforma luto e materiais de construção em obras de arte no MAES

Foto/ Imagem:  Divulgação/ Lorena Meireles A dor do luto e a esperança do recomeço se encontram na nova exposição da artista plástica e psic...

Foto/ Imagem:  Divulgação/ Lorena Meireles

A dor do luto e a esperança do recomeço se encontram na nova exposição da artista plástica e psicanalista Re Henri, “O fim me parece o nascer do sol”. A mostra será aberta no dia 19 de agosto, às 17h, no Museu de Arte do Espírito Santo (MAES), em Vitória, e poderá ser visitada gratuitamente até 19 de outubro.

Com curadoria de Neusa Mendes, a exposição reúne peças que utilizam fragmentos de espuma da cama da artista e estruturas de isopor usadas na construção civil. Esses materiais, impregnados de memórias, simbolizam ruínas e fissuras, contrastando com representações do sol e a cor amarelo-ouro. A obra parte de experiências marcantes vividas por Re, como a morte do pai, em 2015, a pandemia e a devastação de Hiroshima, criando um diálogo entre destruição e renascimento.

Durante cinco anos, a artista desenvolveu pesquisas e trabalhos que unem pintura, escultura e instalação, explorando temas como morte, luto e transformação. Uma das inspirações veio da frase de uma sobrevivente do bombardeio atômico — “pensei que o sol havia caído diante dos meus olhos” — que ressoou profundamente em Re. Para ela, o amanhecer simboliza proteção e acolhimento, mesmo após grandes perdas.

Esta é a segunda exposição individual da artista, que já participou de mostras como “A Cidade Sou Eu” (OÁ Galeria), “20/20” (Museu Vale) e “O Véu do Real” (Galeria Homero Massena). Ao longo de 10 anos de carreira, Re Henri produziu mais de 200 objetos em 15 séries, explorando materiais como acrílico, metais, pedras e restos de espuma, madeira e plástico.

Mestra pela Universidade Federal Fluminense e com formação em arte contemporânea, Re se define como uma “cientista da arte”, investigando a afetação psíquica nos processos criativos. Entre suas referências estão Farnese de Andrade, Louise Bourgeois e Adriana Varejão.

A mostra é viabilizada com recursos do Fundo de Cultura do Espírito Santo (Funcultura), por meio da Secult-ES. O MAES funciona de terça a sexta, das 10h às 18h, e aos fins de semana, das 10h às 16h, na Avenida Jerônimo Monteiro, 631, Centro de Vitória.

Com informação da Assessoria