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Especialista destaca como identificar e tratar transtornos alimentares na Infância e Adolescência

Os transtornos alimentares entre crianças e adolescentes estão se tornando cada vez mais prevalentes, um fenômeno que, segundo o psicólogo F...


Os transtornos alimentares entre crianças e adolescentes estão se tornando cada vez mais prevalentes, um fenômeno que, segundo o psicólogo Filipe Colombini, CEO da Equipe AT, tem raízes profundas nas influências sociais e familiares. Segundo Colombini, esses distúrbios não são apenas produtos de predisposições genéticas, mas são moldados significativamente pelo ambiente em que a criança ou adolescente está inserido.

Um estudo global recente, publicado na revista científica Jama Pediatrics, constatou que cerca de um em cada cinco jovens entre 6 e 18 anos apresenta algum tipo de desordem alimentar. Esse problema é ainda mais pronunciado entre as meninas, com aproximadamente um terço delas sofrendo de tais transtornos, em comparação com 17% dos meninos na mesma faixa etária.

Colombini enfatiza que os padrões inadequados de alimentação podem ser transmitidos pelos pais e cuidadores, mesmo que estes não tenham transtornos alimentares. Atitudes como punições, ameaças e comparações podem criar um ambiente alimentar negativo, contribuindo para o surgimento de distúrbios alimentares.

Além do ambiente familiar, a mídia desempenha um papel significativo na formação da percepção de imagem corporal entre os jovens. Mensagens e padrões de beleza inatingíveis veiculados pela televisão, internet e revistas podem levar os adolescentes a desenvolverem uma relação distorcida com a comida e com seus corpos.

Identificar um transtorno alimentar em crianças e adolescentes pode ser desafiador, já que muitos deles escondem seus sintomas por vergonha ou estigmatização. No entanto, alguns sinais de alerta incluem isolamento, comportamentos impulsivos, medo e ansiedade em relação à alimentação, além de uma preocupação excessiva com a imagem corporal e peso.

O tratamento eficaz desses transtornos requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo médicos, psicólogos e nutricionistas. O acompanhamento terapêutico familiar desempenha um papel crucial, ajudando a identificar e modificar padrões disfuncionais de pensamento relacionados à alimentação e à imagem corporal. O apoio emocional e a educação dos pais também são fundamentais para fortalecer o suporte social do jovem e promover uma relação saudável com a comida e o corpo.

Em resumo, os transtornos alimentares na infância e adolescência são um problema sério e crescente, com raízes nas influências sociais, familiares e midiáticas. A identificação precoce e o tratamento adequado, envolvendo uma equipe multidisciplinar e o apoio familiar, são essenciais para mitigar os impactos negativos desses distúrbios na saúde física, mental e social dos jovens.

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