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Copom reduz taxa Selic para 11,25% ao ano em meio a cenário econômico desafiador

Em mais uma decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, para 11...


Em mais uma decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, para 11,25% ao ano, uma queda de 0,5 ponto percentual. Essa medida já era aguardada pelo mercado financeiro, que acompanha atentamente o comportamento dos preços e suas implicações nas decisões do Banco Central (BC).

Esse é o quinto corte consecutivo de juros, evidenciando a postura do Copom diante da conjuntura econômica. A taxa Selic atinge, assim, seu menor patamar desde março de 2022, quando estava em 10,75% ao ano. O histórico recente revela um ciclo anterior de aperto monetário, que se estendeu de março de 2021 a agosto de 2022, com 12 elevações consecutivas da Selic, impulsionadas pelo aumento nos preços de alimentos, energia e combustíveis.

Antes desse ciclo de alta, a taxa básica havia sido reduzida para o mínimo histórico de 2% ao ano, em resposta à contração econômica causada pela pandemia de COVID-19. Nesse período, que perdurou de agosto de 2020 a março de 2021, o BC buscou estimular a produção e o consumo.

A Selic desempenha um papel crucial no controle da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2023, o IPCA encerrou o ano em 4,62%, abaixo do teto da meta de 4,75%. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu uma meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

As projeções do BC indicam uma expectativa de IPCA em 3,5% para o final de 2024, conforme divulgado no Relatório de Inflação de dezembro. No entanto, o mercado expressa otimismo maior, com estimativas de 3,81% de acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras. Isso representa uma revisão para baixo em relação às projeções de um mês atrás, que indicavam 3,9%.

A redução da taxa Selic não apenas reflete a busca por estimular a economia, através do barateamento do crédito e do estímulo à produção e ao consumo, mas também apresenta desafios, especialmente no que diz respeito ao controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o BC reduziu a projeção de crescimento econômico para 2023 para 1,7%, enquanto o mercado prevê uma expansão de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

A taxa básica de juros exerce impacto direto nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), servindo como referência para as demais taxas de juros da economia. Portanto, cada decisão do Copom reflete uma cuidadosa ponderação entre o estímulo à atividade econômica e a necessidade de controlar a inflação, buscando um equilíbrio para sustentar o crescimento e a estabilidade financeira. O próximo Relatório de Inflação, previsto para março, poderá trazer atualizações nas projeções, à medida que o BC monitora atentamente os indicadores econômicos e o cenário global.

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