Na última quinta-feira (1º), a Diretoria Colegiada da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aprovou a primeira liberação ...
Na última quinta-feira (1º), a Diretoria Colegiada da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aprovou a primeira liberação de recursos no valor de R$ 83,8 milhões para um ambicioso projeto de energia renovável na Bahia. O financiamento, proveniente do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), será direcionado à implementação de um parque eólico nos municípios de Gentio do Ouro e Xique-Xique, sob a titularidade da empresa Assuruá 5 VI Energia S.A.
O FDNE desempenha um papel crucial na indução do desenvolvimento regional, com uma previsão de investimentos na ordem de R$ 1 bilhão para o ano corrente. O superintendente Danilo Cabral ressaltou a importância do fundo, destinado a investimentos em infraestrutura, serviços públicos e empreendimentos produtivos com alto potencial de fomentar novos negócios e atividades produtivas.
O diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais, Heitor Freire, destacou que a aprovação do crédito do FDNE para o parque eólico ocorreu em abril de 2023. O projeto abrange áreas prioritárias nos municípios mencionados, conforme classificação da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e diretrizes estabelecidas pelo Conselho Deliberativo da Sudene.
Com uma capacidade instalada de 34,8 MW de energia, o parque é composto por seis aerogeradores, cada um com potência unitária de 5,8 MW. Estima-se a geração de 850 empregos, sendo 490 diretos e 360 indiretos, durante as fases de implantação e operação, contribuindo significativamente para a dinamização da economia local.
O FDNE também financia outras unidades do Complexo Assuruá, pertencente à Ômega Energia, totalizando investimentos de R$ 716 milhões, com R$ 398,8 milhões provenientes do Fundo. Em outubro do ano passado, a Sudene autorizou o pagamento da segunda parcela do financiamento para essas unidades.
Além dos impactos positivos na geração de empregos e na matriz energética, a empresa apresentou contrapartidas econômicas, sociais e ambientais. Os projetos "Da Raiz ao Grão" beneficiam comunidades rurais, promovendo a reforma e substituição de equipamentos na Casa de Farinha da Associação de Moradores da Comunidade de Gameleira do Assuruá, além de capacitar agricultores locais como agentes rurais na cultura da mandioca. Já o projeto "Ecolar ODS 3 e 6" utiliza um sistema ecológico de tratamento de esgoto.
Este investimento reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável, consolidando a Bahia como um polo estratégico na produção de energia renovável, alinhado às metas nacionais de transição para fontes limpas e renováveis.
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