Page Nav

HIDE

Últimas

latest

Ads Place

Manifestação de professores na Câmara Municipal de Fortaleza gera tumulto durante abertura dos trabalhos legislativos

Nesta quinta-feira (1º), a Câmara Municipal de Fortaleza foi palco de intensa manifestação protagonizada pelos professores da cidade, lidera...


Nesta quinta-feira (1º), a Câmara Municipal de Fortaleza foi palco de intensa manifestação protagonizada pelos professores da cidade, liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute). O motivo do protesto é a busca por um reajuste salarial de 10,09%, e a mobilização coincidiu com a abertura dos trabalhos legislativos, contando com a presença do prefeito José Sarto. O ato público, que reuniu milhares de educadores, provocou significativos transtornos na cerimônia, levando ao constrangimento tanto do prefeito quanto dos vereadores da base aliada.

Durante a manifestação, os professores entoaram palavras de ordem, como "Professor na rua, prefeito a culpa é sua" e "Vereador, presta atenção, tenha vergonha e defenda a educação", marcando assim a maior mobilização já registrada no parlamento municipal. Além do reajuste salarial, os profissionais da educação reivindicam o fim do desconto de 14% nos salários dos aposentados e o pagamento do precatório do antigo Fundef, pendente desde 2015.

Outras demandas apresentadas pelos educadores incluem a garantia de direitos iguais para os docentes aprovados no concurso de 2022, que perderam os benefícios dos anuênios e da licença-prêmio. Os profissionais também exigem a inclusão dos funcionários de escola no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Educação, a aplicação da CLT para os professores substitutos, e a realização de concursos públicos para professores, técnicos, supervisores e orientadores.

Um episódio lamentável marcou a sessão solene, quando o vereador bolsonarista Inspetor Alberto proferiu insultos aos professores, chamando-os de "vagabundos". A presidenta do Sindiute, Ana Cristina Guilherme, presente no plenário, enfrentou os ataques do parlamentar, assim como a vereadora Ana Paula Brandão, que liderava um protesto da enfermagem e também foi alvo de ofensas. A sessão foi suspensa pelo presidente da Casa, Gardel Rolim, diante da exacerbação dos ânimos.

O calendário de paralisações está previsto até sexta-feira (2), quando está agendada uma nova reunião de negociação com o prefeito José Sarto. Uma nova assembleia também será realizada na sexta-feira para avaliar os resultados da reunião com o município. Apesar de hoje ser o terceiro dia letivo, as escolas permanecem paradas devido à mobilização dos educadores. A cidade aguarda os desdobramentos desse embate entre professores e administração municipal.

Nenhum comentário

Latest Articles