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Órgãos constatam irregularidades trabalhistas em usina de cana em Sergipe

  Auditores-Fiscais do Trabalho, Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) e Polícia Rodoviária Federal conduziram uma operação nos...

 


Auditores-Fiscais do Trabalho, Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) e Polícia Rodoviária Federal conduziram uma operação nos dias 29 e 30 para averiguar as condições de trabalho na Usina Taquari, localizada em Neópolis e Capela, Sergipe.

Durante as inspeções no alojamento em Neópolis, os auditores identificaram condições precárias, incluindo banheiros sem portas e sem papel higiênico, problemas nas instalações elétricas e botijões de gás sem válvula. O alojamento apresentava furos no telhado, prejudicando o sono dos trabalhadores, além de questões relacionadas ao fornecimento de lençóis e fronhas. Outras irregularidades incluíam problemas no fornecimento de almoço e trabalhadores sem carteira assinada.

José Augusto da Fonseca, Auditor-Fiscal do Trabalho, destacou a gravidade da situação, ressaltando o perigo representado pelos botijões sem válvula e a necessidade de ação contundente. Uma reunião entre a equipe de fiscalização, advogados da empresa terceirizada e o Procurador do Trabalho Adroaldo Bispo foi realizada para abordar os problemas encontrados.

O procurador enfatizou que a contratação de uma empresa terceirizada sem idoneidade técnica e financeira é um problema recorrente na Usina Taquari, que precisa ser enfrentado para evitar repetições em futuras safras de cana-de-açúcar em Sergipe.

A operação teve continuidade na terça-feira, 30, com foco nas frentes de trabalho da Usina Taquari, localizadas em Capela. Durante a fiscalização, trabalhadores relataram desrespeito à jornada de trabalho, com colheita aos sábados, domingos e feriados, falta de fardamento e água inadequada. A barraca sanitária estava desmontada, e a vistoria no ônibus de transporte revelou más condições, incluindo falta de cintos de segurança em alguns bancos e o transporte inadequado de ferramentas junto com as trabalhadoras.

Em dezembro de 2023, situação semelhante foi registrada na mesma usina e com a mesma empresa terceirizada. O MPT-SE realizou uma inspeção após denúncias de 22 trabalhadores aguardando pagamento de verbas rescisórias. Desta vez, ficou estabelecido que todos os trabalhadores se dirigirão à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, em Aracaju, nesta quarta-feira, 31, para nova conferência das rescisões e, após o pagamento e disponibilidade das passagens, poderão retornar para casa.

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